Coordenadores das novas pós-graduações da UFSJ aprovadas pela Capes neste ano falam sobre essa conquista

Publicada em 14/10/2023

Entusiasmo, alegria e motivação. Esses são sentimentos que permeiam todos os envolvidos num projeto complexo que exige muito empenho e esforço: o de aprovar um novo curso de pós-graduação junto à Capes.

O ano de 2024 será promissor para os cursos de pós na UFSJ. Além das 37 opções de mestrado e doutorado já existentes, abrem vagas, respectivamente, o Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia (PPGEnBio) e o Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica (PPGEL), ambos aprovados neste ano.

Conversamos com os coordenadores dos dois novos programas, os professores José Carlos de Magalhães (PPGEnBio) e Marco Aurélio de Oliveira Schroeder (PPGEL), para conhecermos os bastidores dessa jornada.

Os dois coordenadores concordam ao dizer que o processo de criação de uma nova pós é longo e exige a participação de diversos professores com notória produção acadêmico-científica e em sintonia com o projeto, ao qual dedicam meses de trabalho, para a elaboração de propostas sólidas.

Os links de acesso para os novos cursos estão na página da UFSJ:
www.ufsj.edu.br/ppgenbio
https://ufsj.edu.br/ppgel/

PPGEnBio: expandir o potencial dos alunos que formamos
O professor José Carlos acredita que o espírito colaborativo que envolveu a proposta aprovada precisa se manter sempre à frente, porque será fundamental também para a evolução do programa nos próximos anos.

Para o coordenador, a Pós-Graduação em Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia será um grande divisor para a UFSJ, para o Campus Alto Paraopeba, para a cidade de Ouro Branco e para a região como um todo. “Belo Horizonte, cuja região metropolitana é considerada hoje um dos maiores pólos de Biotecnologia do país, está a apenas 100 km de Ouro Branco. Mas há poucos especialistas em Engenharia de Bioprocessos. Com nosso mestrado, poderemos aproveitar mais o potencial do aluno que formamos aqui, pois temos uma Iniciação Científica muito bem estruturada.”

Sobre desafios, José Carlos afirma que o primeiro será o de implementar e receber muito bem a primeira turma de ingressantes no PPGEnBio. “Os professores estão totalmente empenhados e o grupo todo, em diferentes comissões, tem buscado parcerias, projetos e recursos de diferentes fontes, para garantir a melhor formação para nossos primeiros mestrandos.”

Futuramente, o que esperam é evoluir para o doutorado, propósito que deve ser o norte de qualquer programa de pós-graduação. “Felizmente, aqui na UFSJ, essa tem sido uma grande bandeira nas últimas gestões. Não temos dúvidas de que não será tarefa fácil, mas o curso de mestrado foi muito bem avaliado em todos os quesitos pela Capes e, se conseguirmos sustentar a mesma coesão e produção da equipe, aprovar o doutorado pode ser o caminho natural. De todo modo, temos agora motivos bastantes para inspirar o entusiasmo e a inquietação científica do grupo.”

Doutorado PPGEL: trabalho sinergético e harmonioso em equipe
De acordo com o professor Marco Aurélio, as conversas sobre a abertura do doutorado sempre estiveram presentes nas reuniões da pós em Elétrica. O êxito atual é fruto de um “efetivo, sinergético e harmonioso” trabalho em equipe, que envolveu docentes, técnicos administrativos, técnicos de laboratório e estudantes, além de todos os setores das duas instituições que compõem o programa – UFSJ e CEFET-MG. “Sem o essencial apoio e dedicação de cada um desses entes, a vitória não teria sido possível”, destaca.

Ao falar de perspectivas futuras, o professor gosta de lembrar que “com grandes poderes vêm grandes responsabilidades.” Para a implementação da primeira turma, será preciso definir o número de vagas em função das áreas e linhas de pesquisa do PPGEL, como também divulgar amplamente os critérios de seleção, o número de bolsas e as disciplinas que serão oferecidas no primeiro semestre.

Para a pós e para a graduação é um momento de ouro, que traz benefícios expressivos de formação, em diversas frentes: cresce o número de publicações e de parcerias nacionais e internacionais entre empresas e universidades; aumentam as chances de aprovação de projetos de pesquisa pelos órgãos de fomento, possibilitando aportes financeiros para a compra de equipamentos, o que melhora a infraestrutura de laboratórios, por exemplo, e se reflete na produção acadêmica; consolida-se a qualificação científica dos profissionais que vão atuar no mercado de trabalho.

O corpo docente do PPGEL é formado por professores da UFSJ, CEFET-MG e UFV.

 

Foto Prof. Marco Aurélio (à direta): Dávila Martins (ASREC)
Montagem: Clarice Muscalu (ASCOM)