Dezembro Vermelho: um chamado à luta contra a doença, o preconceito e a discriminação

Publicada em 01/12/2023

No dia 1º de dezembro, o mundo se une para promover atividades de conscientização acerca da AIDS, marcando o dia mundial de combate à doença. A iniciativa foi lançada em 1987, na Assembleia Mundial de Saúde, com apoio da Organização das Nações Unidas (ONU). A data vem não apenas para prestar homenagem à memória daqueles que perderam suas vidas nos primórdios da Síndrome, mas também para celebrar conquistas importantes, como o acesso a tratamentos e medidas preventivas.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 33 milhões de pessoas vivam com o vírus HIV, que se multiplica à média de 7.500 novos casos diários. Apesar dos progressos, o preconceito e a discriminação continuam a ser barreiras significativas no combate à AIDS. Mais de 60% da população soropositiva vive esse embate, tornando essencial o foco contínuo na superação de tais desafios até 2030. Apesar do tratamento antirretroviral eficaz oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o estigma associado ao HIV ainda permanece um obstáculo.

A fita vermelha
Esse símbolo universal de conscientização, apoio e solidariedade ressalta a importância de dar voz às pessoas que vivem com o vírus. Um gesto que simboliza a necessidade de abordar questões cruciais relacionadas à AIDS, que também interferem na saúde social de quem tem e convive com a doença.

O que é a AIDS?
A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS, na sigla em inglês), é causada pelo vírus HIV, transmitido pelo contato com fluidos infectados. Afeta o sistema imunológico, tornando-o incapaz de combater infecções, mesmo as mais simples, como a candidíase, ao longo do tempo.

Transmissão
O vírus HIV pode ser transmitido pelo sangue, sêmen, secreção vaginal, leite materno. Ainda se propaga por meio de relações sexuais homo ou heterossexuais, com penetração vaginal, oral ou anal, sem proteção (camisinha); é vetor de outras doenças sexualmente transmissíveis e alguns tipos de hepatite. A AIDS é transmitida, igualmente: pelo compartilhamento de seringas entre usuários de drogas injetáveis; por transfusão de sangue contaminado; por meio de instrumentos cortantes ou perfurantes, não esterilizados; e de mãe para o filho, durante a gravidez, o parto e a amamentação.

Tratamento
Atualmente, a terapia com os chamados “antirretrovirais” melhora a qualidade de vida dos pacientes, reduz a ocorrência de infecções oportunistas e diminui a mortalidade, aumentando a sobrevida dos diagnosticados. Antirretrovirais são medicamentos que suprimem agressivamente a replicação do HIV.

A AIDS não se transmite pelo beijo, nem pelo abraço, toque, compartilhamento de talheres, nem pelo uso de banheiros e piscinas comuns, tosse ou espirro. Sobretudo, não se pega AIDS estendendo a mão ao próximo, seja ele soropositivo ou não.

Prevenção
1) É crucial observar o próprio corpo durante a higiene pessoal, o que auxilia na identificação de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) nos estágios iniciais.
2) Ao perceber qualquer sinal ou sintoma, procure imediatamente o serviço de saúde. As unidades de saúde do SUS oferecem atendimento e orientação. Essa é uma medida eficaz para a prevenção de ISTs, incluindo o HIV/AIDS e as hepatites virais B e C.
3) O uso do preservativo, seja masculino ou feminino, em todas as relações sexuais, é altamente recomendado. O SUS disponibiliza gratuitamente preservativos masculinos e femininos.

Neste Dezembro Vermelho, a mensagem é clara: a luta contra a AIDS persiste, e a conscientização é fundamental para vencer o preconceito e promover a inclusão dos portadores do HIV.
 

Dávila Martins
Estagiária ASREC